A educação do Brasil vem passando por grandes transformações ao longo do tempo, desde o período colonial quando a educação era dada apenas para homens, ricos, brancos e donos de grandes extensões de terras que pudessem pagar pelo ensino, poderiam ter acesso à educação.
Foram-se travadas grandes batalhas para que a população brasileira de diversas categorias tivessem o acesso a leitura, interpretação de textos, aprendizagem as operações, identificação de mapas, conhecimento a história de seu território e a aprendizagem sobre música, artes e cultura dentre outros saberes. Nesse contexto, a escola foi se tornando mais acessível para o restante da população (lembrando que isso perdurou quase 519 anos até os dias de hoje) formado de mulheres, negros, pobres, pessoas com deficiências, população rural, indígenas, quilombolas, imigrantes dentre outros, puderam ter uma educação pautada nos seus interesses voltados para sua compreensão.
Nesse atual governo federal, existe uma proposta de cortes de verbas, fantasiado de “contingenciamento“, na educação para dificultar o acesso da população menos favorecida a esta politica. Uma categoria em especial continua lutando e resistindo pelo acesso à educação, a população LGBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) que desde a sua primeira conferencia nacional em 2008, pautam pontos específicos que tratam de sua entrada e permanência na educação do país, dentre elas o respeito ao Nome social, que trouxe um grande numero de travestis e transexuais de volta as salas de aula. Algumas categorias desse segmento conseguem se inserir contado com a sensibilização de educadores, equipe pedagógica e direção, o que não é realidade da maioria de Travestis e Transexuais, que por conta da falta de qualificação da discussão de identidade de gênero de pessoas trans em no ambiente escolar ainda no século XXI amargam a exclusão da sociedade e o desprezo de políticos e educadores de vários lugares do país.
Essa luta travada pela população Trans traçando novos moldes pautados no respeito à diversidade, conseguiram algumas ações de êxito pelo país, tendo como maior trunfo o Projeto Transcidadania, Projeto implantado em São Paulo – SP que visa à cidadania, educação e inclusão dessa população no mercado de trabalho formal através de cursos de qualificação das profissões que essa população almeja. O projeto deu tão certo que o então presidente dos Estados Unidos na época, Barack Obama veio ao Brasil conhecer a tão elogiada estratégia de inclusão desse segmento excluído e marginalizado.
Uma reforma esdrúxula na Previdência Social, prevê que os Brasileiros devam se aposentar aos 70 anos com uma espécie de título de capitalização paga pelos trabalhadores sem ajuda do governo federal ou empresário empregador. Realidade muito distante da população Trans Tendo em vista que mulheres Travestis e Transexuais tem uma expectativa de 35 anos de idade, para mulheres trans também apontamos a precarização da falta de oportunidades de trabalhos formais, pois em pesquisa de instituições do movimento trans em capitais das cinco estimamos que 85% dessa população só tem como alternativa de trabalho a prostituição e também a única alternativa de sobreviver, já os homens transexuais, ainda sofrem a exclusão pelo despreparo do mercado de trabalho com a especificidades e amargam em especial no campo da saúde e seu envelhecimento devido aos agressivos efeitos da hormonioterapia.
Visando se somar a luta dos movimentos sociais comprometidos com uma educação inclusiva e para todxs, diversas afiliadas da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil, participaram em várias cidades do Brasil dos protestos que disseram “Não” as intervenções do atual presidente, na estrutura de educação desde da mentira implantada sobre a Ideologia de gênero, termo que visa deturpar a importante luta de pessoas trans pelo respeito a identidade de gênero até a tentativa de cortar verbas das universidades em uma clara perseguição.
A Rede Trans Brasil aderiu as manifestações que aconteceram no último dia 30 de maio por todo o país, reafirmando o apoio ao chamado das greves pelos sindicatos de classe caso o atual presidente insistir em retirar os direitos da população brasileira na educação, e aos os cortes de direitos na previdência a população do Brasileira, em todos os países que políticas semelhantes foram implantadas não obtiveram êxito, a exemplo o que acontece no Chile, onde vem aumentando drasticamente o numero de suicídios da população de idosos no país.
Nenhum direito a menos aos brasileiros!