A Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (REDETRANS BRASIL) foi fundada em 2009, na cidade do Rio de Janeiro-RJ. Desde então, passou a ser referência como instituição nacional que representa pessoas trans (travestis,
mulheres e homens trans, pessoas não binárias), denunciando de forma legítima as violações de Direitos Humanos, sempre na luta pela cidadania plena e garantias de direitos de pessoas trans, combatendo quaisquer formas de discriminação, priorizando a efetivação de políticas públicas por meio de advocacy nas três esferas (municipal, estadual e federal), acompanhando e orientando leis e jurisprudências vigentes bem como demandando a efetividade nos avanços para a população trans.
A partir de 2011, em âmbito internacional, a Rede Trans Brasil vem participando das principais discussões sobre os direitos das pessoas trans na América Latina e Caribe, por meio da Rede Latino-Americana e Caribenha de Pessoas Trans (REDLACTRANS), uma organização exclusiva para debates das temáticas relativas às travestis e transexuais, propondo reinvindicações das pessoas trans no Brasil bem como incidindo de forma organizada, para que ações conjuntas de países que assinam tratados internacionais possam minimizar as violências e as violações de direitos humanos que ocorrem cotidianamente em todas as regiões do Brasil.
Cerca de 72 (setenta e duas) entidades, em todos estados brasileiros e no Distrito Federal, são associadas à Rede Trans Brasil, e por meio de suas comissões executivas e lideranças locais realizam o controle social das políticas para a população trans, além de auxiliarem no monitoramento dos casos transfobia em suas cidades, dando consistência e veracidade aos números de assassinatos, suicídios e mortes brutais de
pessoas trans.
Nessa edição de “TRANSFOBIA: A Pandemia que o Brasil Ainda Não Extinguiu e o Isolamento Social que Conhecemos” (DOSSIÊ REDE TRANS BRASIL, 2020), apresentamos dados de homicídios de pessoas trans,
com os números por regiões, por estados e por cidades brasileiras; a identidade de gênero das vítimas; a idade;
o recorte raça/cor; a profissão/ocupação; os locais dos assassinatos e; causas das mortes. Demonstramos ainda os casos de suicídio e mortes brutais, que revelam as consequências do abondo e isolamento social, provocados não por uma pandemia causada por um vírus real, mas pela transfobia cotidiana que acomete as pessoas trans, quando não há igualdade de oportunidades.
A intenção Rede Trans Brasil com este trabalho de Monitoramento de homicídios, suicídios e morte brutais por todo o Brasil é fornecer indicadores dos últimos cinco anos, para que se visibilizem as vulnerabilidades e sirvam de base para proposições de políticas públicas, que priorizem as especificidades da população trans brasileira.
Com o intuito de ampliar e qualificar debates sobre pessoas trans no Brasil, estamos trazendo, nesta Edição, uma Série de Reflexões de autoria de: Adriana Lohanna dos Santos, Alícia Krüger, Carolina Parisotto, Cristiany Beatriz Santos, Dediane Souza, Isabelly Maria de Carvalho e Thiago Ribeiro Costa.
Boa Leitura a todas, todos e todes!
Veja o arquivo completo clicando abaixo:
Dossiê Rede Trans Brasil 2020 – Português
Veja também em Inglês / See also in English:
Dossier Rede Trans Brasil 2020 – English
Veja também em Espanhol / Ver también en Español:
Dosier Rede Trans Brasil 2020 – Español
TATHIANE AQUINO DE ARAÚJO
PRESIDENTE REDE TRANS BRASIL