A Rádio CBN em Rondônia convidou representantes do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da cidade de Porto Velho para um debate sobre a relevância da implantação do Conselho Estadual de Direitos Humanos e Políticas Públicas conselho LGBT, aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado, no dia 24 do mês passado.
O projeto está com o Governador do Estado de Rondônia para sanção e implementação da lei. Entretanto, o representante do executivo estadual está sofrendo pressão de uma pequena bancada parlamentar de fundamentalismo religioso que tem por finalidade de impedir a criação do colegiado tão importante e necessário tanto para o Estado quando para o cidadão, em especial o LGBT.
No programa “Audiência Pública”, falaram a representante estadual da Rede Nacional de Pessoas Trans, Karen de Oliveira, o sexólogo, ativista e o participante do BBB18, da Rede Globo de televisão, Mahmoud, e do Presidente do Conselho Estadual da Assistência Social de Rondônia, o Assistente Social Carlos Henrique.
Eles informaram sobre a importância da criação do conselho que tem por objetivo dialogar com o Estado e efetivar as deliberações das I e II Conferências Estaduais de Diretos e Políticas prol dos direitos das pessoas LGBTs no estado de Rondônia.
Também prestaram informações sobre as formas de violência, vulnerabilidade social e violação e direitos que este público sofre todos os dias, em especial a população Trans. Ressaltaram que o Brasil matou ao menos 868 travestis e transexuais nos últimos oito anos, o que o deixa, disparado, no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de pessoas transgênicos. Por isso, a necessidade da sanção e implantação do conselho.
“Faz 03 dias não consigo dormir, devido ao grande fluxo de ligações da imprensa e pessoas enviando atualizações de casos de violação de direitos na minha rede social”, informou Karen ao jornalista do programa.
Torcemos para que a cidadania LGBT vença esse duelo desleal no estado de Rondônia e que em fim a lei que aprova o Conselho LGBT de Rondônia seja em fim aprovada e seus membros possa atuar na defesa de direitos dessa população em nosso Estado, seguindo o exemplo dos estados de Acre, Amazonas, Pará, que fazem parte do Norte do país.