Este dia é nosso por direito.
A luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho começou a partir do final do século XIX, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. De acordo com registros históricos, o primeiro Dia da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos em maio de 1908, onde mais de 1.500 mulheres se uniram em prol da igualdade política e econômica no país.
Em 2021, continuamos sem igualdade política e econômica para mulheres, principalmente no Brasil. Se esta mulher for trans, negra, pessoa com deficiência e/ou profissional do sexo, enfim ser mulher e somatizar algum fator de preconceito social pode ser perverso.
Quando nos referimos às mulheres trans, exemplificamos vidas do gênero feminino de travestis e transexuais que ainda não tem o reconhecimento e seu local social legítimo. O não reconhecimento de nossa identidade de gênero é um processo desumano, que acontece há anos e vem numa perpetuação de estigmas a nossa população.
A violência de gênero está ligada ao transfeminicídio, não é à toa que as mulheres trans são as mais mortas entre pessoas trans e o seu local de trabalho também é o ambiente mais habitual para os assassinatos de nosso povo.
Não podemos ainda dizer “feliz dia da mulher”, mas por favor parem de nos matar.
Veja a palavra da presidenta da Rede Trans Brasil, Tathiane Araujo: